quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sacanas sem Lei


Avaliação: 8/10


These are the Basterds, ever heard of us?


Após ter aguardado demasiado tempo, e quando já não acreditava que ia ver este filme no cinema, heis que os meus amigos que ainda não tinham visto o filme, tiveram a excelente ideia de o irmos ver a uma segunda feira à noite.


Antes demais, é com alegria que vos informo que ainda existem cinemas que praticam preço reduzido à segunda feira :) Assim, ainda é possível, no Campo Pequeno, assistir a filmes pelo preço de 4,50 euros (creio que o Corte Inglès também aplica um preço reduzido durante a semana, mas não sei qual).


Assim, ainda é possível ter acesso a entretenimento gastando menos de 5 euros.


Portanto, segunda feira lá fui com um grupo de amigos assistir ao filme que toda a gente fala.


Sacanas sem lei é o último filme de Quentin Tarantino (À prova de morte, Kill Bill, ...), que conta com vários actores conhecidos apenas nos seus países de origem (Mélanie Laurent, Christoph Waltz, Daniel Brühl), e com vários actores internacionalmente conhecidos (Brad Pitt, Diane Kruger, Eli Roth, Mike Meyers).


O filme retrata a história de um grupo de judeus que matam nazis tirando-lhes o escalpe, o qual guardam como troféus.


Os Sacanas acabam por, inadvertidamente, se envolver no mesmo esquema para matar nazis que uma judia disfarçada de parisiense, dona de uma sala de cinema.


Escusado será dizer que, tratando-se de um filme de Tarantino, existem vários mortos, vários litros de sangue, um desrespeito total por factos históricos, e um final que não lembra a ninguém.


Excelente desempenho de Brad Pitt.

Boneca de Luxo (Breakfast at Tiffany's)


Avaliação: 8/10


We belong to nobody, and nobody belongs to us. We don't even belong to each other


Muito recentemente li o livro "Breakfast at Tiffany's" de Truman Capote. Trata-se de um livro pequeno, de leitura rápida e interessante.


Gostei muito do livro, e por essa razão decidi ver o filme (um clássico do cinema).


Com Audrey Hepburn a desempenhar o papel de Holly, e George Peppard a representar Paul, o filme consegue ser extremamente fiel ao livro, com excepção do final. Esta falha perdoa-se se pensarmos que o filme foi realizado em inícios dos anos 60, por isso tinha necessariamente que ter um final feliz.


A história é absolutamente fantástica: um escritor sem inspiração vai viver num prédio e conhece Holly, a sua vizinha irreverente. Holly é uma acompanhante de luxo que sempre que precisa de um momento de paz e serenidade vai ver as montras da loja Tiffany.


Paul, o escritor, apaixona-se por Holly e esta, em certa medida, corresponde, mesmo sabendo que Paul não lhe possibilita o casamente rico e de sonho para o qual sempre trabalhou.


Desempenho fenomenal dos actores vestidos com roupas lindíssimas de um estilo clássico que actualmente já ninguém tem.


Este tornou-se um dos meus filmes favoritos.

The final destination (4)


Avaliação: 4/10


If I am going to die, then I am going to make the most out of every moment I have left.


O facto de eu ter assistido este filme revela, à partida, que eu sou uma mulher perseverante.


Adorei o primeiro Final Destination, a ideia era inovadora, um grupo de jovens que escapa da morte quando um rapaz prevê um acidente. A morte, não contente, persegue os jovens matando-os pela ordem exacta em que deveriam ter morrido no acidente.


Este primeiro filme foi fantástico para o género!


Depois deste veio a sequela, já não tão boa quanto o primeiro filme porque agora já não existia o factor novidade. Depois veio o terceiro, já passados alguns anos, e veio reavivar na memória a lembrança do quão bom era o primeiro filme e quão maus foram os seguintes.


Pois bem, a crise em Hollywood faz destas coisas, e temos hoje o quarto filme em exibição. Mas agora com uma novidade tecnológica fantástica: 3D!!!!


Não se deixem enganar, o 3D não inibe o facto de o filme continuar a explorar a velhinha história do primeiro filme.


Passemos então ao relato da história: um grupo de amigos vai assistir a uma corrida de automóveis. Um deles, Nick (Bobby Campo) prevê um acidente e a morte de todos os que assistem à corrida. Num ataque de pânico consegue tirar os amigos e mais uns quantos da plataforma em que se encontram. Posteriormente, celebrando a vida como se tivessem sido abençoados com uma segunda oportunidade na vida, descobrem que a morte se encontra a persegui-los um a um, pela ordem que deveriam ter morrido no acidente.


Ora bem, vale a pena ir ver este filme ao cinema pelo 3D mas, se quiserem esperar, parece-me que de futuro todos os filmes serão em 3D.


Numa época em que a pirataria está ao alcance de qualquer um, os grandes produtores e distribuidores finalmente perceberam que a solução não passa por um combate feroz à pirataria, mas antes para tornar o cinema numa experiência, evitando deste modo que ir ao cinema seja meramente ir a uma sala na qual é dada permissão à audiência que veja um filme em contrapartida de um pagamento.


Eu sou contra a pirataria, pois acredito que todos têm o direito de ver o seu trabalho remunerado, mas quando a qualidade dos cinemas (e dos filmes) descia sem existir qualquer preocupação das produtoras (pois as pessoas continuavam a ir ao cinema), creio que a pirataria acabou por assumir um papel de veículo de revolta de todos aqueles que gostam de bom cinema e que não estavam dispostos a pagar pelo mau. Deste modo, foi uma forma de as produtoras serem obrigadas a "ouvir" o que o público tinha a dizer, e agora sim, estão empenhados em satisfazer os seus clientes.


Esperemos que dure ;)

sábado, 19 de setembro de 2009

Push - Os Poderosos


Avaliação: 7/10


There are special people in this world. We don't ask to be special. We're just born this way.


Hoje escrevo sobre um filme que ainda se encontra no cinema.


Push é um filme sobre heróis, sobre seres humanos que, de algum modo, adquiriram capacidades extraordinárias como mover objectos com a mente, ou conseguir desenhar no papel o que vi acontecer no futuro.


Para impedir determinado futuro de acontecer, Nick Gant (Chris Evans) e Cassie Holmes (Dakota Fanning) unem-se na missão de encontrar e proteger Kira Hudson (Camilla Belle), usando as suas capacidades extraordinárias para fugir dos maus da fita, seres humanos igualmente com capacidades.


A ideia do filme é engraçada, mas pouco original. De facto, os fãs deste tipo de história por certo conhecem (e mais que certo deliraram com a primeira temporada) a série de TV "Heroes" (TVI e FOX), igualmente sobre seres humanos com capacidades, mas com uma história muito mais complexa, interessante e, principalmente, cativante.


Mas, na falta de filmes de super-heróis no cinema, vale a pena assistir a este filme, mais que não seja para nos relembrar de um género de filme que gostamos (para quem gosta de histórias de super-heróis, claro).

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ponto de Mira


Avaliação: 6/10


Quote: "Since 9/11, more than 4.500 people have been killed in the rising tide of global terror"


Num destes fins de semana fui ao videoclube alugar um filme que há muito que eu queria ter visto mas que, por variadas razões, nunca tinha visto.


Mas, agora que stou novamente a ganhar controlo sobre a minha vida, e a voltar a ter alguns dos hábitos saudáveis que eu tinha no passado mas que havia perdido, voltei a ir uma vez por semana ao cinema e a assistir a, pelo menos, um filme em casa, por semana (sem influenciar o resto da minha vida social, claro!).


Tinha visto o trailler deste filme no cinema e desde essa altura tinha o desejo de ver este filme.


A história é a seguite: o Presidente dos Estados Unidos vai ter uma aparição pública na praça de Salamanca (que, para quem não saiba, localiza-se em Espanha) no âmbito de uma cimeira mundial contra o terrorismo.


Nesta aparição pública, o Presidente é alvo de um atentado, sendo disparados dois tiros contra ele e existindo uma explosão na praça.


Até aqui, a história não apresenta nenhuma novidade. A verdadeira inovação reside no facto de o realizador optar por contar a história a conta-gotas através da visão de vários personagens (uma jornalista, um segurança, um terrorista, um turista, o Presidente, um polícia).


Esta forma de narração tinha um elevado potencial de proporcionar uma experiência única e uma visão diferente sobre um determinado acontecimento. No entanto tal não aconteceu. Pese embora o realizador tivesse um diamante bruto na sua mão, ao invés de uma lapidação perfeita acabou por cometer um erro atroz.


O filme peca por estar sempre a voltar ao mesmo ponto de partida. As diferentes visões apresentadas deveriam limitar-se a acrescentar algo de novo à última visão demonstrada, mas o realizador optou por contar a mesma história e mostrar as mesmas imagens vezes sem conta até permitir que cada visão acrescentasse um pormenor à história.


Assim, ao fim do terceiro ponto de vista já nos perguntamos quando é que o tormento acaba.


O aspecto positivo é que, de facto, o fim torna-se interessante, pelo que vale mesmo a pena ver a última meia hora de película (quando já não existem flash backs).

domingo, 6 de setembro de 2009

As minhas adoráveis ex-namoradas


Avaliação: 5/10


Quote: Love is magic comfort food for the weak and uneducated!



Ultimamente tem-me apetecudi ver comédias românticas, e tenho tido sorte, pois este Verão os cinemas estiverem repletos delas.


Desta vez fui ver "As minhas adoráveis ex-namoradas".


Nesta película podemos ver Matthew McConaughey a interpretar o papel de um famosos fotógrafo, Connor Mead (nada a ver com a família Mead de Betty Feia, mas que nos faz logo lembrar da série - um nome muito mal pensado), um mulherengo cujo lema de vida é ir para a cama acompanhado e acordar sozinho.


Connor tem de regressar a casa onde cresceu para o casamento do seu irmão mais novo (Breckin Meyer) e onde reencontra a sua grande paixão de adolescente: Jenny Perotti (Jennifer Gardner), a única mulher que lhe partiu o coração.


Não acreditando no amor nem no casamento, Connor acaba por arruinar a cerimónia, sendo nessa altura visitado pelo fantasma do homem que o criou e tornou no que ele é hoje, o Uncle Wayne (Michael Douglas).


Wayne diz a Connor que ele vai ser visitado por três fantasmas: o das namoradas do passado, do presente e do futuro, sendo que ele vai ser forçado a experimentar algo que não experimenta há muito: sentir.


Assim, Connor vai descobrir o que o tornou naquilo que é, como as pessoas que o rodeia o vêem no presente, e o que o futuro lhe reserva.


O final, como podem calcular, será feliz.


Este filme não tem o intuito de divertir o espectador, por isso não devem esperar dar grandes gargalhas. O melhor: ver o Michael Douglas a interpretar um fantasma mulherengo.

A montanha enfeitiçada


Avaliação: 4/10


Embora este filme não seja uma novidade, hoje finalmente resolvi expressar a minha opinião sobre o mesmo.


A Montanha Enfeitiçada (Race to Witch Mountain no seu título original) é um filme da Disney com Dwayne Johnson (o que, sendo sarcástica, torna desde logo o filme promissor) e Carla Gugino (juro que não entendo esta actriz).


O filme retrata a história de dois extraterrestres adolescentes e muito loiros que aterram no Planeta Terra com a missão de encontrar o resultado de uma investigação realizada pelos pais e depois voltar para o seu planeta.


Sendo perseguidos por assassinos oriundos do seu Planeta de origem, e dado que o futuro da Terra depende do sucesso da sua missão, os dois adolescentes vão contar com a ajuda de Jack Bruno (Dwayne Johnson), um ex-criminoso que entretanto tenta ser um taxista honesta, e com a ajuda da Dra. Alex Friedman (Carla Gugino), uma cientista que ora é céptica, ora é sonhadora.


Sendo um filme da Disney encontra-se repleto de aventura e de uma banda sonora composta por vozes criadas "in the house", como sendo a música Fly on the Wall the Miley Cyrus (Hanna Montana) logo no início do filme.


Para as crianças pequenas (mesmo muito pequenas) este é um filme que proporciona uma hora e meia de entretenimento para eles, e de sossego para os pais.


Já os adultos que sejam obrigados a assistir, não esperem um bom filme, as personagens são insípidas e indefinidas, além de sofrerem de uma falta de personalidade que roça o doentio. Os adolescentes começam por ter uma atitude madura, uma linguagem complexa e demasiado adulta para o corpo que têm, e acabam abraçados aos adultos como se tivessem dez anos de idade. O taxista é um herói mauzão estereotipado que acaba vestido como se estivesse a passear na passadeira vermelha em noite de cerimónia dos Óscares. E a coitada da Carla Gugino (que acredito que só aceite estes papéis para ganhar algum dinheiro e poder curtir a vida) é obrigada a viver o papel de uma cientista indecisa entre ciência e sonhos).


Mas o filme não tem só aspectos negativos, o bom do filme é a fotografia. A Disney, nesse aspecto, é realmente muito boa naquilo que faz, o filme proporciona de facto excelentes imagens visuais.