domingo, 23 de agosto de 2009

Up - Altamente


Avaliação: 9/10


Quote: Sometimes, it's the boring stuff I remember the most"


Porque no Verão os filmes de animação proliferam, não podia deixar de ir ao cinema assistir a um filme deste género.


E heis mais um filme com a qualidade que a Pixar nos habituou e que, de filme para filme, nunca desilude.


Antes de mais quero referir que, pese embora este filme possa ser visto com tecnologia 3D, em Portugal tal apenas pode acontecer se o espectador quiser assistir à versão em Português. A versão original do filme, apenas apresentada em 3 salas de cinema em Lisboa, não pode ser vista em 3D. E quanto a esta questão desde já manifesto a minha insatisfação. O espectador não deveria ter de escolher entre ver a versão 3D ou ver a versão original de um filme! As salas de cinema deveriam proporcionar a mesma qualidade a qualquer público!


Em alguns cinemas (eu fui assistir ao El Corte Inglès), o filme é acompanhado de uma curta metragem, igualmente de animação, chamada "Parcialmente Nublado", a qual´está muito engraçada.


Up-Altamente começa por relatar a história da personagem principal, Carl, desde o momento da sua infância em que conhece Ellie, a mulher da sua vida, passando pelo momento em que ambos se casam, vivem uma vida plena completamente normal, e acabando com Ellie a morrer sem ter cumprido o seu grande sonho: construir uma casa nas cataratas do Paraíso.


Carl, com 78 anos, confrontado por homens de negócios frios que querem destruir a sua casa para construir um condomínio, e perante a ameaça de ter que ir morar num lar de idosos, decide atar vários balões à sua casa e, assim, voar até à América do Sul, e deste modo cumprir o sonho de Ellie.


Consigo, Carl leva Russel, um jovem explorador que precisa de ajudar um idoso para ganhar um último crachá que o tornará num explorador senior.


Na América do Sul, Carl e Russel vivem muitas aventuras, mas principalmente descobrem-se a si mesmos, e ultrapassam os factos da vida que mais os entristecem.


Na minha opinião este não é um filme para crianças mas antes um filme para adultos, sendo que devem estar preparados para a montanha russa emocional que este filme provoca. Se por um lado existem momentos hilariantes, principalmente com o explorador desastrado, por outro existem momentos realmente tristes e profundos, como a morte de Ellie, o facto de várias circunstâncias pequenas na vida nos impedirem sempre de alcançarmos os nossos sonhos, e por fim a forma como todos lidamos com a morte de alguém que amamos, assim como a solidão e o modo como ultrapassamos essa solidão (mais que não seja através de um objecto).


Para mim, a parte mais emocionante no filme é quando é necessário "to let go", aceitar os factos da vida tal como eles são, e deixar de agarrar-nos a algo que nos prende a uma realidade que não é vida.


Tal como já referi este não é um filme que uma criança compreenda, mas tem um cão fofo que fala, por isso se forem assistir ao filme com uma criança é nesse animal que ela se vai focar, e não vai ser preciso sair da sala de cinema e ir às páginas amarelas procurar um pedo-psiquiatra.

domingo, 9 de agosto de 2009

Restaurante Caruso


Situado no Páteo Bagatela, perto da Rua Artilharia 1, o Caruso é um espaçoso restaurante italiano, ideal para jantares de grupos.


Não esperem encontrar o melhor italiano de Lisboa, mas é um local simpático para um jantar com os amigos, com os quais esperamos ter longas conversas e sonoras gargalhadas.


As pizzas são de massa extremamente fina e estaladiça, pelo que, para aqueles que não são grandes adeptos deste tipo de pizzas sugiro as massas.


A sangria é doce e com muitas fruta, mas o vinho não é de grande qualidade. Os gelados valem definitivamente a pena provar!


O preço é razoável, ficando a refeição, em média, em 15 euros por pessoa.


Assim, a grande vantagem do Caruso é o espaço e o local onde se encontra inserido dado que o Páteo Bagatela continua a ser dos melhores espaços de Lisboa.


Se saírem do restaurante após a meia noite levem o telemóvel na mão para poderem ter alguma luz, dado que as luzes exteriores são apagadas e para sair do Páteo para a Artilharia 1 é necessário subir dois lances de escadas.


Avaliação: 6/10 (pela localização)

sábado, 8 de agosto de 2009

Cortefiel


Lembram-se de quando as lojas Cortefiel apenas vendiam roupa cara, de marca e extremamente clássicas?


Apaguem essa lembrança! A Cortefiel mudou e agora vende a sua própria linha a preços acessíveis. A colecção é simpática e tem modelos diferentes para todas as idades.


Pese embora a linha "Weekend" ainda precise de sofrer algumas mudanças (leia-se: actualizações), a linha de roupa para trabalhar é bastante boa.


A Cortefiel tornou-se uma loja de visita obrigatória! Apesar de a Lanidor ser uma loja excelente, a verdade é que os seus preços não são os mais acessíveis, e a sua linha de roupa é cada vez mais vista na rua. E ninguém gosta de ir trabalhar e uma colega ter vestida uma saia igual à nossa. Além do mais, a Lanidor criou um conceito de roupa de tal modo forte (as cores que antes ninguém se atrevia a usar no emprego) que só de olhar para nós as pessoas percebem de que loja nos vestimos. A Cortefiel tem a vantagem de pudermos usar peças ainda não muito vistas na rua. E como poucas pessoas visitam essa loja, ninguém sabe onde compramos a nossa roupa. É perfeito!


Para além do mais, é possível solicitar o Cartão Cortefiel que, tal como o Cartão Lanidor dá pontos que depois se convertem em vales de desconto, bem como épocas de desconto especiais.


Visitem!


Susana.

sábado, 1 de agosto de 2009

Os Pilares da Terra


Avaliação: 8/10
Estive recentemente de férias e, como sempre, aproveito as minhas férias para colocar a leitura em dia.
Estando na praia sem nada para fazer, durante uma semana li, em média, um livro por dia. Escusado referir que não levei para o Algarve assim tantos livros comigo, pelo que acabem por adquirir alguns.
Na minha busca por livros interessantes na feira de Monte Gordo, vi numa tenda Os Pilares da Terra. Várias amigas minhas já leram este livro e elogiaram-no imensamente. Por vezes, quando estamos a conversar sobre um assunto qualquer, por alguma razão recordam-se do livro e falam sobre determinadas passagens do mesmo. Ora, eu já antes tinha pensado que tinha mesmo de ler este livro porque não gostava de me sentir à parte nas conversas, e esta pareceu-me uma excelente oportunidade.
Os Pilares da Terra é um livro, separado em Portugal em dois volumes, escrito pelo autor Ken Follett.
Ken Follett começou a sua carreira enquanto escritor com livros policiais, os quais alcançaram relativo sucesso comercial nos Estados Unidos e em alguns países da Europa.
Contudo, Follett tinha a ambição de escrever um livro num género diferente, e foi com este intuito que escreveu Os Pilares da Terra - uma história que se passa na Idade Média, e se centra na construção de uma catedral.
Sem grande sucesso a princípio, este livro foi publicado pela primeira vez em 1989. No entanto, acabou por ir conquistando os leitores, tendo acabado mesmo por ganhar o estatuto de livro de culto quando as vendas progrediam através da publicidade "boca a boca" (a melhor publicidade que existe!).
Mas falemos da história: Tom, um pedreiro, é casado, pai de dois filhos, um rapaz e uma rapariga, e a sua mulher encontra-se grávida. Pese embora Tom tenha origens humildes, tem igualmente um grande sonho: constuir uma catedral!
Numa época de Inverno difícil e rigoroso, Tom parte com a sua família em busca de trabalho. Durante esse período, a sua mulher dá à luz um rapaz e morre devido a complicações no parto. Tom, sem saber o que fazer, abandona a criança na floresta, a qual acaba por ser encontrada, e posteriormente educada, por monges.
Indo de terra em terra à procura de trabalho, Tom acaba por conhecer todas as restantes personagens principais: o prior com o qual partilha o sonho de construir uma catedral, uma mulher, com quem inicia uma relação intensa, e o seu estranho filho, uma rapariga rica cuja família cai na desgraça. uma família de traidores cujo filho é capaz de tudo para possuir a rapariga que deseja e um bispo corrupto.
Todas as personagens, a dado momento da história, acabam por interagir umas com as outras, e é no meio desta teia de relações que Tom e o prior tentam concretizar o seu sonho.
Pese embora escrito de forma simples, este é um bom livro cuja história nos cativa e envolve.
Só é pena que em Portugal o livro tenha sido publicado em dois volumes, um facto que torna esta leitura "cara" comparativamente a outros livros. Da minha pesquisa, e com bastante infelicidade minha, aferi igualmente que em Portugal não se vende este livro em formato bolso ou em inglês, o que o tornaria mais acessível.
Recomendo a leitura deste livro pela história e porque, mais cedo ou mais tarde, por certo irão ouvir falar deste autor.
Susana.