Recentemente esteve em cena a peça A ceia dos cardeais, de Júlio Dantas, no Auditório dos Oceanos, no Casino de Lisboa com o propósito solidário de reverter as receitas de bilheteira para a CRIAMAR.
Esta foi, aliás, a razão pela qual a peça esteve apenas em cena durante dois dias ou, pelo menos, deveria ter estado.
Não há muito mais que vos possa dizer relativamente a esta peça por um motivo bastante básico: não a vi.
Ora, não a tendo visto, neste momento podes estar a perguntar-te por que razão estarei então a dedicar algum do meu tempo a escrever sobre a mesma no meu blog?
Porque talvez as pessoas que dirigem a companhia de teatro não o saibam mas, em média, quem tem uma boa experiência partilha com 3 pessoas, e quem tem uma má experiência partilha com 7. E, neste momento, eu estou a partilhar a minha experiência com todos aqueles que (muito corajosamente e por isso vos agradeço) lêem este blog.
Pois bem. Infelizmente eu fui uma das 16 pessoas que comprou um bilhete para assistir à sessão das 22 horas de Domingo, mas que não vi a peça, tendo sido informada que a Companhia de teatro não actua para um público de 16 pessoas.
Ora começa aqui a parte que não compreendo muito bem. A peça estava em exibição com fins solidários. Cada bilhete custou 10 euros: preço único. Portanto, a CRIAMAR achou que 160 euros numa noite (sejamos realistas, talvez duas horitas, no máximo) era insuficiente e portanto achou preferível não receber esse dinheiro. Porque as pessoas que beneficiam da ajuda da CRIAMAR não precisam de 160 euros, afinal de contas, há limites!...Não me parece que a CRIAMAR tenha tido qualquer palavra a dizer em relação a este assunto.
Se eu tivesse pago para assistir à peça no Teatro, quando o mesmo tem fins lucrativos (mais que não seja diminuir um pouco o dinheiro orçamentado pelo Ministério da Cultura no ano seguinte), eu aceitava que os actores não quisessem actuar para um público de 16 pessoas. Não gostava, mas aceitava. Tratando-se de um evento solidário...não preciso mesmo de dizer mais nada, pois não?
No entanto, não posso deixar de elogiar aqueles que, apesar das dificuldades, executaram o seu trabalho dignamente e de forma eficiente: o pessoal do Casino de Lisboa, que prontamente ajudou a recuperar o dinheiro dos bilhetes e assumiu o custo de quem tinha estacionado o carro no parque de estacionamento do Casino.
Avaliação da peça: 0/10.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
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