domingo, 17 de maio de 2009

Anjos e Demónios - O filme


Avaliação: 8/10




"Open the doors, and tell the world the truth"


Eu li o livro Anjos e Demónios há alguns anos quando existia a euforia do Código Da Vinci de Dan Brown. E, tal como todas as pessoas que conheço, cometi o engano de ler primeiro o Código Da Vinci, a sequela do livro Anjos e Demónios.


Apesar de reconhecer este engano na cronologia das aventuras do Professor Langdon, não considero que tenha sido um erro. É verdade que gostei do Código Da Vinci, mas o Anjos e Demónios é incomparavelmente melhor. Assim, se eu tivesse lido os livros pela sua ordem cronológica correcta, provavelmente não teria gostado do Código Da Vinci. Foi, portanto, melhor assim.


Mas escrevo aqui primeiramente sobre os livros, quando me propus a escrever sobre o filme, para justificar a minha expectativa perante este último, que confesso não ser elevada por uma simples razão: por regra, sempre que se gosta de um livro, a adaptação cinematográfica do mesmo tende a ficar aquém da visualização por nós imaginada.


No entanto, talvez por as minhas expectativas serem, como já referi, baixas, gostei do filme, sendo que o recomendo a todos aqueles que leram o livro (por favor tenham em consideração que certas adaptações à história são sempre necessárias e, como tal, perdoem-nas), assim como a todos aqueles que não o leram e que, estou convicta, que ficarão com vontade de ler após verem o filme.


Mas afinal, sobre o que incide a história de Anjos e Demónios?


Mais uma vez, sobre a História da Igreja Católica, desta feita mais concretamente sobre a influência dos Illuminati, membros de uma antiga sociedade secreta, homens da Ciência que contestaram os dogmas da religião católica constituindo, deste modo, uma ameaça a eliminar.


Após a reconstituição da "criação da matéria" (denominada anti-matéria, e que na prática recria o Big Bang), um homem é assassinato e parte da criação roubada.


A anti-matéria, material extremamente explosivo capaz de destruir uma cidade inteira, é utilizada como ameaça ao Vaticano logo após a morte do Papa. Adicionalmente, são raptados 4 cardeais, os prefferati, ameaçados de morte simbólica em praça pública antes da explosão da anti-matéria.


E é este o mote para o Professor Robert Langdon (novamente Tom Hanks, novamente uma má escolha para este papel), enquanto simbologista, desvendar o mistério escondido por detrás da própria construção do Vaticano e das pelas obras de arte das Igrejas de Roma, e assim tentar impedir que o Vaticano, e a própria Igreja Católica enquanto instituição, sejam destruídas.


Para esta missão, o Professor Langdon conta com a ajuda de Vittoria Vetra (Ayelet Zurer), cientista que colaborou na criação da anti-matéria, com o camareiro do antigo Papa (Ewan McGregor), com a polícia do Vaticano, a polícia italiana e alguma ajuda (embora sejam mais um obstáculo que ajuda) da Guarda Suíça.


O filme acaba por ganhar contornos de aventura, com alguma acção e uma boa banda sonora adaptada ao tema subjacente ao filme.


Recomendo a visualização de Anjos e Demónios em cinema digital para apreciar a qualidade e beleza das obras primas de Benini que são apresentadas no filme.


Para quem já visitou Roma e o Vaticano, por certo sairá da sala de cinema com vontade de revisitar estes sítios, desta feita com uma mente mais aberta à arte.

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