quarta-feira, 10 de junho de 2009

A Crónica dos Imortais




Avaliação: 4/10



A Crónica dos Imortais, escrita por Wolfgang Holhbein (escritor alemão) é composta por 2 volumes: O Abismo e O Vampiro.
A história deste volumes centra-se na vida de Andrej Delãni, um homem com uma esperança média de vida e capacidade de sobrevivência acima do normal.

Na sua busca pelo passado, Andrej acaba por encontrar a sua cidade Natal destruída e a sua população prisioneira da Grande Inquisição. Ora, é na companhia de um jovem de 13 anos com capacidades iguais às suas, e único sobrevivente do massacre perpetuado na cidade, que Andrej tenta resgatar a população feita prisioneira.

No caminho que percorrem, e pelo qual vivem várias aventuras, conhecem outras pessoas iguais a si, e juntos vão desvendando um segredo muito bem guardado e cobiçado pelo célebre principe Vladimir Drácula.

As críticas a estes livros, curiosamente boas, prometiam uma nova versão sobre a origem dos vampiros, bem como momentos de aventura misturado com romance.

Pois bem, a origem dos vampiros não é revelada nestes dois volumes (na Alemanha já são cerca de 10), e de romance existe muito pouco.

Apesar de a história nos apresentar vários personagens, alguns deles fulcrais para o desenvolvimento da acção, a verdade é que o autor não os explora, não lhe concedendo qualquer tipo de profundidade ou interesse. Assim, nem sequer de personagens secundárias se tratam, são praticamente inexistentes.

Nestes 2 livros surge apenas uma personagem feminina, Maria, por quem Andrej se apaixona sem absolutamente razão nenhuma a não ser o facto de Maria ser uma mulher bonita. Maria é uma personagem fantasma (sempre presente na mente de Andrej, mas nunca na história), praticamente sem falas e destituída de qualquer personalidade. Maria é apresentada na história como uma mulher forte e dinâmica mas todas as suas atitudes são as de uma mulher frágil e sem qualquer vestígio de pensamento racional. Diria que o autor desconhece por completo o pensamento feminino ou não foi, simplesmente, capaz de o transpor para o papel.

Deste modo, estes são livros de aventuras (e mesmo neste domínio, fraco) para ler quando não se quer pensar muito.

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